segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Relatório de visitação (turmas de 2º e 4º ano de escolaridade)


A primeira turma que eu acompanhei foi uma do 4º ano de escolaridade de uma escola pública do município de Duque de Caxias. Fiquei durante toda a tarde acompanhando as atividades que a professora realizava com a turma, mas nesse dia era a correção de teste e prova que a mesma havia passado. Logo quando cheguei, ela foi me mostrando todo o conteúdo que estava passando de cada disciplina e relatando como era o comportamento da turma, composta em sua maioria por meninos. Deixando apenas uma quantidade aproximada de 6 meninas.
Ela foi me relatando que os alunos não estudavam muito, devido a diversos fatores, como por exemplo, a própria família. Dizia também que não era possível cobrar nada muito além da “capacidade” deles e dava conselhos aos mesmos dizendo que o que deveria ser estudado e que tinha mais importância era a disciplina de Matemática e Língua Portuguesa. O restante das disciplinas era só “decoreba”.
Espantei-me um pouco, pois todo o conteúdo que no teste era cobrado, na prova vinha com as mesmas perguntas e estruturadas da mesma forma do teste. Pois ela alegava que qualquer coisa diferente daquilo que estava sendo avaliado, as conseqüências seriam mais catastróficas que as atuais. Um exercício de matemática que os alunos apenas estavam copiando foi passado no quadro enquanto essa professora corrigia os testes e provas quantificados com nota máxima 5, mas que continham resultados muito inferiores (alunos tirando 0,5).
O que pude observar ali foi que aquela professora não estava “de corpo presente” naquela sala e na vida de seus alunos, pois ali não se construía saberes e sim se via uma relação de reprodução de conteúdos pré-estabelecidos.


A segunda turma que observei foi uma de 2º ano de uma escola particular, também de Duque de Caxias. Essa já foi um pouco diferente da anterior.
O tempo e conteúdo dessa escola e, consequentemente dessa professora, eram mais organizados. Nesse dia não houve nenhum tipo de correção de avaliação. A aula seguiu normalmente pautada no caderno de planejamento da professora. A professora começou a aula com um tipo de conversa, onde ela começava a perguntar aos alunos como foi o dia anterior, o que fizeram antes e depois da escola, os lugares que eles foram e outras coisas.
Depois desse diálogo, ela começava a explicar os conteúdos dados no dia, mas nada tão diferente das práticas das escolas convencionais. Tempo fragmentado, disciplinas e conteúdos isolados, arrumação da sala de forma tradicional.
A única coisa que eu pude observar de diferente nessa professora e que na outra eu não consegui enxergar, é que ela não levava sua aula somente na base do “cuspi-giz”, mas utilizava algumas formas de modo que conseguia estabelecer um diálogo com os alunos. Cada um contribuía com o que podia.

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